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Agora a discussão é a questão da “mobilidade urbana”. Uma questão de extrema importância que na verdade é um desfecho dos acordos entre os poderes públicos e privados.
Por determinação federal, todo município acima de 400.000 habitantes é obrigado a ter um “plano diretor” que aponte os caminhos do seu crescimento, como por exemplo, Niterói.
Mas, o que ocorre na verdade, é que a responsabilidade de elaborar estes “planos diretores” são das prefeituras. Que em sua maioria, ao invés de envolverem uma ampla discussão , se estreitam na vaidade de pequenos grupos, na sua maioria despreparados para tratar e legislar sobre este assunto
E infelizmente, somando-se a isso, as leis criadas são sucessivamente alterados conforme conveniência e conivência entre as prefeituras, câmara dos vereadores e os interesses da construção civil.
Então, o que assistimos é uma falta de respeito com as nossas cidades. Não se pode falar hoje de “mobilidade urbana”, sem antes se falar em desmobilizar estas relações.
Agora, será a vez de lotearem o centro da cidade de Niterói há muitos anos esquecido como prioridade. E novamente, sem um plano definido de transporte urbano e um “plano diretor” com parâmetros austeros para o nosso futuro, estamos mais uma vez prestes a assistir a mais um novo e triste desfecho.